Relação médico-paciente o que muda?

Texto de Lilian Magalhães

“A relação médico – paciente costuma ser muito confusa no Brasil, pois nem sempre essa confiança se dá de maneira horizontal onde o paciente nem sempre é ouvido ou até mesmo percebido em sua totalidade. Quer dizer, estamos ali diante de quem sabe mais do que nós e devemos ser obedientes e confiar cegamente naquele ser de jaleco branco que chamamos de médico. O problema é que o mundo mudou e a medicina também.

Aprendi na medicina canábica a importância da parceria nessa relação e da importância da sinceridade de ambas as partes no ambiente do consultório.

A medicina canábica me parece, até o momento, a mais humanizada, a mais disposta a ouvir e entender os pormenores do paciente, com alguns conflitos as vezes.

Vou contar para vocês sobre minha relação com meu médico atual

No meu livro O MILAGRE DE RAFA eu menciono início da relação com um dos médicos de minha filha. Uma relação que começa um pouco estranha. Enfim, em nossa última consulta, eu queria autorização da Anvisa para o plano me conceder a medicação importada de graça. E ele chegou a fazer a receita. Até que ele me pergunta qual era a dose que eu dava e qual médico havia receitado. E aí está o problema: Eu não sabia quantificar a dose e nenhum médico havia receitado.

Ele ficou louco, mais uma vez porque era muita irresponsabilidade minha... Bla bla bla.... Eu disse a verdade, que tudo é muito burocrático, expliquei mais uma vez como eu comecei com óleo nacional. Tudo isso ele já sabia.

A situação piorou quando eu falei que dava a quantidade de um grãozinho de arroz e que quando necessário, eu dava a quantidade de um grãozinho de feijão. Bem, pensa num homem furioso comigo. Rafa na sala brincando e o pai presenciando tudo sem saber o que dizer ou me defender. 🙁

Eu não tive outra opção a não ser dizer que sim, eu estava fazendo tudo errado, mas que agora eu queria acertar com ele, e se ele podia me ajudar ou se iria me abandonar. Claro que fiz cara de vítima. Não era o nosso primeiro embate e ele cedeu. Uffa.... Quase me expulsa do consultório. Fiz cara de paisagem.

E assim continuo com o primeiro médico de plano me orientando. 😉”

OBS: todo tratamento de Rafa sempre foi acompanhado por médicos, mas ela preferiu não expor o médico que indicou a dosagem utilizada (grão de arroz, de feijão).

Minha opinião pessoal:

É impressionante como os médicos têm uma resistência grande com a medicina canábica! Talvez por falta de informação, de formação, enfim, o processo do tratamento canábico aqui no Brasil ainda vai demorar algum tempo até que os médicos entendam que eles conhecendo ou não as diversas formas de tratamento, muitas pessoas continuarão a se auto medicar com produtos a base de cannabis com apoio de outras pessoas que também fazem este tipo de tratamento. Foi desta forma que a cannabis entrou como medicação aqui e ainda vai ter que continuar desta forma até que o governo compreenda que este tratamento não é a última tentativa caso nenhum outro medicamento faça efeito, como é atualmente recomendado. A cannabis está sendo utilizada no mundo inteiro muitas vezes como primeira opção em vários países.

Quem sofre com enxaqueca crônica, passa muitas vezes dias e dias a base de medicação para dor, enjoo, vômitos, muitas vezes é internado para tomar medicação intravenosa já que nada mais funciona. E se eu dissesse que se usar um vaporizador a uma determinada temperatura com extrato puro com muito THC a enxaqueca acaba entre 15 segundos e 2 minutos? E, ao contrário do que é divulgado, sem alucinação? E que usando óleos ricos em CBD e em THC se consegue manter um paciente com Alzheimer com memória, sem agressividade, dormindo sem medicação, com o físico funcional? Que se pode acabar com uma crise agressiva de autismo com extrato puro no tamanho de um grão de arroz colocado entre o lábio e a gengiva em minutos? Que regula o sono em caso de insônia, que estabiliza pessoas com depressão e tantos outros problemas?

Creio que está na hora dos médicos perceberem que a medicina mudou muito, principalmente nesse período de pandemia, que se não se atualizarem e estudarem a medicina canábica, vão perder cada dia mais pacientes.

Patrícia Motinha